sábado, 15 de setembro de 2012

Soldados Rumo ao fronte: os britânicos
Soldiers Towards the forehead: the British


Soldados ingleses alistados no Exercito Britânico em 1914


Explicações


      Em 1914 já era esperado uma luta que envolvesse primeiramente o Império Austro-Húngaro contra a Sérvia e Russia (que prometeu auxiliar os sérvios em caso de guerra), e Alemanha (pacto de aliança com os austríacos) contra a França (em socorro dos russos). Mas o porque da entrada da Grã-Bretanha na guerra ao lado dos franceses, que por acaso foram os seus rivais por séculos? Voltemos a Revolta Belga de 1930, citado na postagem anterior (Soldados Rumo ao fronte: os belgas) para que assim possamos entender o porque da entrada dos britânicos na Grande Guerra de 1914 á 1918.
      Após os belgas conquistarem a sua independência em 1830, a Conferencia realizada em Londres no ano seguinte 91831) permitiu a Grã-bretanha a ser o primeiro a reconhecer a independência da Bélgica, em troca os belgas teriam assinado um acordo com os britânicos de ajuda e auxilio em caso de guerra. Porem os belgas declararam que permaneceriam sempre na posição neutra, no qual não apoiaria ninguém em caso houvesse um conflito armado.
      E como já visto na postagem anterior, os alemães desrespeitaram a neutralidade da Bélgica, que teria levado os britânicos a se aliarem aos franceses na luta contra os alemães e seus aliados na guerra, porem sabiam que a casa real alemã vinha de origem inglesa?
      O rei Frederico III da Prússia (casa dos Hohenzollern) foi casado com a Princesa Vitória do Reino Unido, no qual o casamente resultou em oito filhos, no qual um deles é o próprio Kaiser Guilherme II da Alemanha, que por outra coincidência era primo do monarca britânico Jorge V, que reinava a Grã-bretanha neste período.

Afinal, acordo é acordo, e  guerra é guerra


      As questões familiares foram deixadas de lado, e o apoio britânico foi dado de garantia aos belgas que estavam prestes á ser atacados pelos alemães a qualquer momento. Porem no dia 3, tropas alemãs já estavam cruzando a fronteira da Bélgica, lutando sem parar com a heroica resistência belga, tem tentava ao máximo impedir o avanço do invasor.
      Por isso, um ultimato foi enviado pela coroa britânica ao Kaiser alemão, exigindo a retirada das tropas alemãs do território belga de forma imediata, em caso não cumprisse as ordens, a grã-bretanha apoiaria a Bélgica e seus aliados contra o Império Alemão. E como já se previa, o ultimato não foi cumprido, levando os britânicos a guerra, em socorro á Bélgica.
      Primeiramente os britânicos planejavam juntar um certo numero de soldados (que veremos a seguir) e equipamentos, e assim transporta-los pelo Canal da Mancha até a região portuária de Flandres na Bélgica, porem a rápida investida alemã, obrigou-os a mudar os planos de desembarque nos portos franceses ,no qual o próprio exercito francês poderia ajuda-los nos ataques futuros. Estava ai uma garantia de aliança entre Grã-Bretanha e França na chamada Entente Cordiale, que existia desde 1904 ,e que agora estava mais reforçada.

Recrutamento


Jovens aguardando para serem recrutados,
após o apelo de Kitchener


      Coma declaração de guerra, o governo britânico ordenou que fosse abertas cedes das forças armadas britânicas (exercito e marinha) em todos os bairros, das cidades, vilas, vilarejos e aldeias espalhadas por todo não só por todo o Reino Unido (Inglaterra, Gales, Escócia e Irlanda), mas também nos territórios abrangentes do Império Colonial Britânico espalhados na Ásia, África e Oceania.Entre os dias 4 e 8 de Agosto, compareceram certa de três á cinco jovens em cada cede de recrutamento.
      Passou assim o primeiro fim de semana da guerra, mas na segunda-feira, dia 10 de agosto de 1914, quando os assessores do exercito estavam para chegar nos gabinetes de recrutamento, encontraram á sua frente filas enormes de jovens entre 18 e 24 anos, um tanto empolgados para se alistarem e assim partirem para lutar na guerra. Acredita-se que o apelo feito pelo marechal-de-campo Horatio Herbert Kitchener (mais conhecido por Lord Kitchener) tenha funcionado em questão de apelo aos jovens para servirem nas forças armadas.

O exercito britânico: a questão do uniforme



      Antes esmo de 1914, o exercito britânico já tinha colocado de lado o uso do uniforme de coloração vermelha, cuja origem vem desde o século XVII e sua aposentadoria foi no final do século XIX. A cor vermelha foi extremamente utilizada pelos britânicos, servindo como sinal de respeito a nação e cuidado com o seu exercito, porem permitiu que as tropas fossem facilmente reconhecidas em campos de batalha.
      Um exemplo foi na África do Sul em meio a Primeira Guerra dos Bôers (1880-1881), no qual era facilmente visível os soldados britânicos com seus uniformes vermelhos tentando se camuflar em meio ao solo africano. A partir da Segunda Guerra dos Bôers (1899-1902) o uniforme utilizado variava entre a cor beje ou marrom claro, para melhor camuflagem do combatente em meio ao solo.
     A partir dai, os britânicos adotaram esta coloração como oficial para o seu exercito, deixando o vermelho como cor oficial da guarda pessoal do rei (que existem até hoje em Londres, que protegem o palácio de Buckingham) e para ser utilizado pelas tropas em desfiles.
      O uniforme de um soldado britânico era a sua farda, calças e meias de coloração entre beje e marrom claro, botas ou sapatos, um quepe (cor combinada ao uniforme) sob a cabeça do combatente, cinto e mochila nas costas, contendo nela um cobertos, algumas pequenas ferramentas (martelo, mini pá), talheres, munições, etc.
      O arma preferida do combatente britânico durante a guerra, foi o rifle Lee Enfield de três variações (Mark I, II e III), e para os oficiais um revolver Webley Mark V e uma espada (obrigatório), alem de  granadas (Mills), e metralhadoras (Lewis e Vickers).
      entretanto em 1916 com os horrores da guerra em questão do avanço bélico e número de mortes, os britânicos também adotaram um modelo de capacete de aço (conhecido como "bacia de barbeiro" devido o seu formato), utilizaram equipamento corporal a prova de balas, e criaram a primeira mascara a prova de gases, mas estes detalhes vamos falar mais adiante.....aguardem




Trajes típicos do Reino Unido em 1914
Trajes típicos do Reino Unido em 1914


      

   


















As imagens acima foram retiradas do livro:
Men at arms series: The British  Army in World War I (1) The Western Front 1914-1916
escrito por Mike Chapell

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